-
Volte Para Casa
Contributed by Osvaldo Rafael Frutuozo Da Silva on Jul 7, 2015 (message contributor)
Summary: Esboço de Sermão pregado na noite de 22/07/2012 (domingo) na IPI de Irapuru,SP, Brazil
- 1
- 2
- Next
Texto Chave: Lucas 15:11-32
Introdução
O capitulo 15 do Evangelho de Lucas, traz três parábolas proferidas por Jesus (A ovelha perdida, A dracma perdida e O filho pródigo). Estas três parábolas tem o objetivo de nos falar acerca da mensagem do Evangelho: O homem está perdido, e a iniciativa de salvá-lo vem de Deus, a qual se alegra nisto.
Nesta mensagem queremos nos ater a parábola do filho pródigo e tirar algumas lições deste lindo texto da Palavra de Deus.
O título desta porção do Evangelho de Lucas usualmente é chamado de a Parábola do Filho Pródigo, mas também poderia ser a Parábola do Pai Amoroso, pois o foco verdadeiro deste texto não está no fato do filho ter se perdido, mas no grande amor que o pai expressou aquele filho que se perdera.
1 – O pedido e a partida do filho (v. 11-14)
O texto começa relatando o pedido do filho mais novo ao seu pai para receber a herança que lhe era cabida, isto no contexto judeu significava duas coisas:
– Um pedido deste na cultura judaica era impossível, não se admite que se reparta herança com o pai ainda vivo, significava que o filho da parábola estava dizendo ao seu pai que o desejava morto. Isto provocou uma ruptura total deste moço com a sua família.
– O primogênito recebia porção dobrada (Deuteronômio 21:17), portanto provavelmente nesta repartição de bens o irmão do pródigo recebeu duas vezes mais que ele, ou seja dividiu-se a herança do pai em três, o mais moço ficou com um terço enquanto o mais velho ficou com dois terços.
O filho prossegue em sua rebeldia contra o pai, iludido em sua busca por uma felicidade longe da casa do pai, ele parte para uma terra distante e ali neste lugar desperdiça todos os seus bens e vive irresponsavelmente, despreocupado com as consequências dos seus atos, de maneira que quando vieram tempos difíceis naquele país, ele começou a passar necessidades.
Com toda certeza aquele filho enquanto possuía bens tinha muitas pessoas ao seu redor, mas tudo isso acabou e ele ficou sozinho.
A vida no pecado é assim, uma falsa alegria passageira, e quando estamos sós, vem o desespero e a dor.
2 – “O fundo do poço” (v.15-16)
Jesus prossegue dizendo que para se sustentar aquele filho se coloca a serviço de um dos habitantes daquele país.
Ele passou a cuidar de porcos, o que para um judeu era um ultraje, visto de o porco ser considerado um animal imundo, e sua degradação foi tamanha que ele desejava se alimentar da mesma alimentação dos porcos, as vagens de alfarrobeira, a qual são muito amargas e ruins para o consumo humano em seu estado natural.
3 – O filho cai em si e retorna (v.17-21)
A parábola diz que o filho “cai em si”, esta expressão indica que o arrependimento daquele filho ainda não era um arrependimento completo, isto pode ser comprovado com o pensamento do filho (v. 18-19), a qual entendia que não poderia mais nunca ser chamado de filho e deveria ser tratado pelo pai como um dos empregados.
Mas o pai surpreende aquele filho, e já esperava o seu retorno, ao vê-lo longe o pai corre ao encontro do filho, abraça-o e beija-o.
O filho insiste no seu pensamento de ser tratado como um empregado, mas o pai ignora o seu pedido e trata-o como filho. Como aquele que ao retornar para Deus sente a necessidade de conquistar o perdão e salvação pelas obras, mas este é dado somente pela graça.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se orgulhe.” Efésios 2:8-9
Há grande alegria pelo retorno do filho e o pai decide comemorar pois seu filho estava morto e reviveu, havia se perdido e foi achado.
4 – O filho perdido dentro da própria casa (v.25-32)
O filho mais velho que estava no campo e vê todo o movimento que havia em sua casa e ao chegar pergunta a um dos empregados o que estava acontecendo.
Ao receber a notícia do retorno de seu irmão ele se revolta e não quer nem entrar em casa, então o seu pai vem em seu encontro, porém ele se indigna e revela o seu verdadeiro caráter pecaminoso.
O filho mais velho simboliza os fariseus e escribas que ouviam a Jesus, pessoas que tentam se justificar pelas suas obras, se ofendem com a Graça de Deus em estender o favor imerecido a quem não merece, são acusadores dos pecados dos outros, mas não veem os seus próprios pecados, desconfiam do arrependimento e conversão de pecadores.
Quanta semelhança com muitos cristãos dos nossos dias que tentam se tornar aceitáveis a Deus pelas suas obras, pelo dízimo, pela oferta, tem um pensamento de que precisam fazer algum sacrifício pra que possam ser abençoados por Deus, mas esquecem que somos aceitos através do sacrifício feito por Jesus, estes irmãos não conseguem entender a Graça, ao passo que, mesmo tendo experimentando o perdão dos seus pecados não conseguem entender a razão pela qual Deus perdoa os pecados dos outros, não conseguem se alegrar com o arrependimento e conversão de outros pecadores.