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A Natureza Do Homem
Contributed by Jeferson Tavares on May 21, 2003 (message contributor)
Summary: A natureza do homem e seus valores. A luta contra o pecado.
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A NATUREZA DO HOMEM
Como é a natureza do homem? Afinal, o homem é mortal ou imortal?
Quando estudamos cuidadosamente as Escrituras, encontramos a revelação de que Deus criou o homem para conferir-lhe imortalidade, ou, em outras palavras, para viver eternamente. Mas este bem ser-lhe-ia dado após um tempo de prova.
Como ser moral livre, isto é: dotado de livre, arbítrio, devia o homem demonstrar primeiro a disposição de obedecer ao seu Criador, de viver em harmonia com os santos princípios do governo divino. A imortalidade era pois condicional.
Narrando os atos de Deus na criação do homem, o autor sagrado diz: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.” E lhe deu esta ordem: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres certamente morrerás”. Gênesis 2:15 a 17.
Notemos: no dia em que comeres do fruto desta árvore morrerás. O fato de que o Criador alertou nossos primeiros pais sobre a morte revela que eles não eram imortais. Obedecer a Deus naquele ponto - uma pequena exigência - era pois o ponto de prova. Adão e Eva não obedeceram e ficaram sujeitos à morte, mal que passou a todos nós, seus descendentes.
O que o autor sagrado relata sobre a criação do homem confirma o que estamos dizendo. Lemos em Gênesis 2:7 -“Então formou o Senhor ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente”. Como vemos, Deus empregou dois elementos: o pó da terra e o fôlego da vida. Ambos foram necessários para que o homem existisse. Podemos imaginar o corpo de Adão formado pelas mãos divinas: perfeito em cada detalhe.
Os órgãos internos e o cérebro, todos prontos para funcionar. Mas faltava vida. Então Deus soprou nas narinas do homem “o fôlego da vida”. E o resultado da união do corpo com o fôlego da vida foi, diz o texto, que “o homem passou a ser alma vivente”. A tradução brasileira diz: “...e o homem tornou-se um ser vivente”. a união do corpo com o fôlego da vida é que resultou numa alma, ou ser vivente. Assim, a alma vivente inclui o corpo.
Várias vezes o Sagrado Livro refere-se ao homem como mortal. No livro de Jó lemos: “Seria porventura o mortal justo diante de Deus?” Capítulo 4:17. O salmista escreveu: “... saibam as nações que não passam de mortais”. Salmo 9:20.. A única vez que a palavra imortal é usada nas Escrituras é em referência a Deus. Se somente Deus possui imortalidade, segue-se que nós homens não a possuímos. Somos mortais.
No original hebraico o Antigo Testamento emprega a palavra nephesh (alma, ser vivente) 752 vezes, e a palavra ruach (espírito), 400 vezes. No original grego o Novo Testamento emprega a palavra pneuma (espírito) 385 vezes, a palavra pshuche (alma, ser vivente), 105 vezes, ou um total, para as quatro palavras, de 1642.
Em todos esses casos nenhuma dessas palavras é acompanhada da expressão imortal. Isso seria estranho se de fato a alma, ou o espírito fosse imortal.
Se as Escrituras não ensinam a imortalidade do homem, de onde veio a crença nela? O professor Le Roy From, mediante profundos estudos, escreveu o tratado: “A Fé Condicionalista de Nossos Pais”.
Neste tratado ele afirma que o postulado da imortalidade vem de conceitos das religiões étnicas da índia, da Pérsia e do Egito. Esses conceitos foram abraçados por poetas da antiga Grécia, adeptos de variados cultos e religiões de mistério. Por fim eles foram fundidos por Platão, considerado o maior dos filósofos gregos numa complexa doutrina da imortalidade da alma, com distinção entre alma e corpo, e identificação da alma com a mente.
Cerca de 150 anos antes de Cristo o postulado da imortalidade penetrou no judaísmo através de Filo, judeu filósofo de Alexandria que alegorizando o Antigo Testamento, fundiu as idéias de Platão com doutrinas do judaísmo. E cerca de 180 de nossa era, a crença na imortalidade da alma penetrou na cristandade, sendo Antenágoras, filósofo grego que abraçou o cristianismo e exercia certas funções em Alexandria, o primeiro escritor cristão a esposar a doutrina platônica da imortalidade da alma.
Essa crença passou depois a influenciar cristãos do norte da África, entre eles Tertuliano, de Cartágo; Orígenes, de Alexandria; e Agostinho, de Hipona. Por volta do ano 600 da nossa era a crença na imortalidade do homem provinda de Platão, havia se propagado entre os cristãos.
Porém a Bíblia ensina que o homem é mortal, candidato á imortalidade. O que quer dizer que a imortalidade é condicional. Se a imortalidade é condicional, que devemos fazer para alcançá-la? O precioso bem, perdido pelo pecado, é posto ao nosso alcance mediante o Salvador do pecado - o Senhor Jesus Cristo. A Escritura diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.